O Mapa não é o Território
Como Seres Humanos, nós não podemos saber a realidade, podemos apenas saber as nossas percepções sobre a realidade. Nós experimentamos e respondemos ao mundo em nossa volta originalmente através de nossos Sistemas Sensoriais Representacionais. São nossos mapas “neurolinguísticos” da realidade que determinam como nos comportamos e dá significado a estes comportamentos, não a realidade em si. Geralmente não é a realidade que nos limita ou fortalece, mas sim nosso mapa da realidade.
Vida e Mente são Processos Sistêmicos
Os processos que existem dentro de seres humanos e entre seres humanos e seus ambientes são Sistêmicos. Nossos corpos, nossa sociedade e nosso Universo formam um conjunto de Sistemas e Subsistemas que interagem ecologicamente entre si e influenciando-se mutuamente. Não é possível isolar totalmente qualquer parte do Sistema do seu todo. Esses Sistemas são baseados em certos princípios de “auto-organização” e naturalmente procuram estados de equilíbrio ou estabilidade.
Todos os modelos e técnicas da PNL são baseados na combinação destes dois princípios. No Sistema de crenças da PNL, não é possível ao Ser Humano saber a realidade objetiva. Sabedoria, Ética e Ecologia não derivam de alguém ter o mapa de mundo “certo” ou “correto”, pois Seres Humanos não são capazes de fazê-lo. O objetivo é criar um mapa mais rico possível que respeita o Sistema ecológico e natural do que faz parte internamente e no mundo onde vive. As pessoas que são mais eficientes são aquelas que têm um mapa de mundo que permite que elas percebam o maior número de escolhas e perspectivas disponíveis. A PNL é um caminho para enriquecer as escolhas que você tem e percebê-las disponíveis no mundo em sua volta. A Excelência vem de ter muitas escolhas. Sabedoria vem de ter múltiplas perspectivas.
Técnicas da PNL
De acordo com a PNL, o processo básico de mudança envolve:
1) encontrar qual é o estado atual da pessoa e
2) acrescentar recursos apropriados para levar a pessoa ao
3) estado desejado.
Estado Atual + Recursos Apropriados = Estado Desejado
As distinções e técnicas da PNL são organizadas para ajudar a identificação e aplicação de recursos apropriados para produzir uma mudança eficaz e ecológica em direção ao estado desejado. Através dos anos, a PNL desenvolveu algumas ferramentas e habilidades poderosas para comunicação e mudança, em uma grande extensão de áreas profissionais, incluindo: consultoria, psicoterapia, educação, saúde, criatividade, direito, gerenciamento, vendas, liderança e paternidade.
A função de qualquer técnica da PNL é de enriquecer, ou acrescentar, umas das três propriedades do comportamento eficaz – que são ter:
a) uma representação explícita de um resultado;
b) experiência sensorial; e
c) flexibilidade de respostas internas e comportamentos externos.
As muitas, muitas técnicas e procedimentos explícitos que fazem a tecnologia comportamental da PNL, estão apresentados em um número cada vez maior de livros, que representam o desenvolvimento do campo da Programação Neurolinguística. Existem também muitas técnicas que ainda não foram transformadas em representações escritas, e muitas ainda estão em processo de serem refinadas e desenvolvidas.
Identificar e combinar as palavras e predicados mais comumente usados com base sensorial de outra pessoa, no propósito de criar rapport e assegurar entendimento.
Acompanhar, através da combinação e espelhamento as qualidades de postura, gestos, posições faciais e movimentos, e tom e velocidade de voz de outra pessoa, a fim de contribuir com a obtenção de rapport com aquela pessoa.
Traduzir experiências expressas através de uma modalidade representacional para outra, para ajudar a aumentar a compreensão entre indivíduos ou grupos que tenham dificuldade de comunicação uns com os outros.
Observar e utilizar pistas de acesso sensoriais e de micro comportamentos, para ajudar na compreensão e condução de estratégias processuais típicas, para organizar e fazer sentido em suas experiências, e comunicações recebidas por outros.
Ajudar a construir novas possibilidades e capacidades representacionais em outros, através do uso de linguagem sensorial específica e do uso sistemático de pistas de acesso.
Ajudar a aumentar a consciência sensorial, a fim de perceber com mais precisão e rapidez; e avaliar os efeitos dos comportamentos de uma pessoa em outra pessoa.
Identificar e classificar comunicações múltiplas (incongruentes) em outros, a fim de reduzir mal entendidos e confusões
Estabelecer âncoras e gatilhos para experiências e recursos positivos, que ocorrem em um contexto, e dispará-los ou sequenciá-los em outras situações onde eles não estão ainda disponíveis para um indivíduo ou grupo. Como um resultado, estes comportamentos e respostas podem servir como recursos em outros contextos também.
Identificar e quebrar “circuitos de calibração” inúteis entre indivíduos e grupos, a fim de somar mais flexibilidade e escolhas em repostas e comunicações.
Quebrar mapas verbais não especificados, em descrições verbais de qualidade mais alta, e, mais importante, as demonstrações e exemplos comportamentais, a fim de criar representações facilmente compartilháveis e representações observáveis das experiências e resultados da pessoa.
Enquadrar e reenquadrar comportamentos e respostas problemáticos, fazendo com que suas intenções positivas e seus subprodutos positivos subjacentes fiquem mais explícitos. O propósito disso é criar uma mudança na percepção das pessoas, com respeito ao comportamento, então ele poderá ser lidado com mais recursos. A mudança de percepção de funções para:
Separar o “self” (eu) do “comportamento”, através do reforço e da validação do indivíduo como uma pessoa, pela associação do “eu” com a intenção positiva. Quaisquer repostas negativas podem, então, ser direcionadas na direção da manifestação do comportamento ao invés da pessoa por si mesma.
Preservar a intenção positiva do comportamento problemático, mesmo que os meios usados para assegurá-la sejam alterados.
Preservar e validar o subproduto positivo do comportamento ou resposta, que serve para preservar a ecologia do sistema, tanto quanto validar o “eu” enquanto muda o comportamento indesejado.
Criar e reforçar flexibilidade nos membros do sistema, através de role playing e outras formas de modelagem comportamental, a fim de ajudar os membros do sistema a eliciarem mais consistente e sistematicamente os comportamentos e respostas desejados por outros membros.
Eliciar e detalhar uma descrição e demonstração de alta qualidade dos resultados ou estados desejados de um grupo ou de um indivíduo, que serão formulados prática e ecologicamente para o sistema específico ao qual eles pertencem.
Na Epistemologia da PNL assume-se que aprendizagem toma espaço através do estabelecimento de programas ‘neuro-linguísticos’ – um aprendiz forma mapas cognitivos dentro de seu sistema nervoso, que se torna ligado às observações externas e às respostas comportamentais. Os mapas cognitivos são formados através da influência da linguagem e de outras representações, que ativam padrões coerentes dentro do sistema nervoso do aprendiz.
Aprendizagem toma espaço através de um ciclo orgânico no qual os mapas cognitivos e as experiências de referência comportamentais “acumulam” para formar grandes sistemas de programas coordenados, que produzem uma performance habilidosa. Uma performance habilidosa requer a organização de tipos diferentes de mapas, que mobilizam áreas ou níveis diferentes do sistema nervoso, incluindo:
A percepção do ambiente externo – o Onde & Quando da aprendizagem. - Ativação de comportamentos concretos específicos – o ‘O que’ da aprendizagem. - O uso de estratégias internas, planos ou outras capacidades mentais – o Como da aprendizagem - A invocação de crenças e valores pessoais – o ‘Por que’ da aprendizagem. - O conceito de Self (eu) e o sentido de identidade – o ‘Quem’ da aprendizagem.
Fonte: Apostila Practitioner PAHC - Sociedade Brasileira de Autoconhecimento e Comunicação, COPYRIGHT DYNAMIC LEARNING PUBLICATIONS and NLP UNIVERSITY PRESS